Os vereadores por Várzea Grande se reuniram para analisar as novas propostas orçamentárias para o ano de 2025 entregues pela Prefeitura na manhã desta quinta-feira (05.12). A reunião foi realizada com a presença do presidente da Câmara Municipal, o vereador Pedro Paulo Tolares – Pedrinho Tolares (UB); o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), a vereadora Gisele Aparecida de Barros – Gisa Barros (PSB) e o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, o vereador Rogério de França Martins – Rogerinho da Dakar (PSDB).

Também participou da reunião o diretor-geral da Casa de Leis, Jomar José Tavares. Na nova peça orçamentária apresentada, o prefeito Kalil Baracat (MDB), que não foi reeleito, retirou obras importantes como rodoviária municipal, mercado e feira municipal, recursos para pavimentação asfáltica, recursos para saneamento básico, entre outros.

Ao todo foram suprimidos R$ 282 milhões. Segundo os vereadores, um convite formal será feito ao Poder Executivo para que seja esclarecido o motivo da retirada desses recursos.Para Pedrinho, que foi candidato a vice na chapa derrotada de Kalil, é inadmissível que sejam retiradas obras que já são tão esperadas pela população, além delas terem sido anunciadas publicamente pelo governo municipal. “Infelizmente, estamos vendo uma cena triste, pois a Prefeitura anunciou publicamente em massa na mídia as obras da rodoviária e do mercado municipal, ou seja, vendeu um sonho para a população e agora o retirou”, relata Tolares.

Gisa Barros cita que essas obras são necessárias para o desenvolvimento social e econômico do município. Na sessão ordinária do dia (03.12), a vereadora foi responsável pelo pedido de vista, após a Prefeitura entregar a terceira alteração das peças orçamentárias. “Causa estranheza o tanto de recurso retirado, sendo que há um superávit nos cofres do nosso município.  Fico entristecida, como cidadã deste município, ver uma cena como essa. Várzea Grande merece essas obras. A população sonha com a rodoviária, com o mercado municipal, com as ruas asfaltadas, com um melhor saneamento básico”, declara a parlamentar.

O vereador Rogerinho da Dakar destaca que a não inclusão das obras dentro do orçamento é um desrespeito com a população e com a Casa Legislativa, pois os benefícios foram aprovados pelos parlamentares municipais. “É com tristeza que analisamos o orçamento para 2025. Essas obras precisam ser executadas. A Câmara não vai fugir dessa luta, pois também sonhamos com esses benefícios para nosso município”, disse Dakar.

OUTRO LADO

O prefeito Kalil Baracat se defendeu das acusações. "Cumprindo a legislação e determinação do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE/MT) e por estarmos em final de gestão, a atual administração não inseriu nas peças orçamentárias obras e ações que se encontram vinculadas a empréstimos, emendas parlamentares, convênios entre outro, que deixaram de ser assinados e consolidados, por causa do período eleitoral. Essa decisão, no entanto, não impede a futura gestão de encaminhar a apreciação dos futuros vereadores que também tomam posse dia 1 de janeiro, os pedidos de inserção de obras e empréstimos já negociados pela atual gestão. Lembro ainda que neste período de transição a competência do atual prefeito está mantida até 31 de dezembro, mas existem limitações e principalmente, responsabilidades legais que o impedem de adotar medidas como as obras e empréstimos citados pelos vereadores", explicou.