Afastado do cenário político após duas derrotas consecutivas nas disputas de 2018 e 2020, quando tentou ser reeleito e depois buscou voltar ao Senado, o ex-governador Pedro Taques (SD) fez uma análise da atual conjunta política no Estado e também em nível nacional. E, de antemão, declarou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, não terá o seu voto no pleito de outubro. Ele falou abertamente sobre seu preferido para comandar o País a partir de janeiro de 2023, sem temer críticas ou xingamentos por parte de internautas.

Embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem liderado todas as pesquisas de intenções de votos, seguido pelo atual presidente Bolsonaro, o ex-governador Pedro Taques alertou que não existe vitória por antecipação. “Não tem eleição ganha, tem que trabalhar, mas eu penso que o Lula e o Geraldo Alckmin representam o melhor para o Brasil nesse momento”, afirmou Taques.  

Em seguida, explicou os motivos de sua escolha. “Eu tenho amigos bolsonaristas, vários conhecidos, mas eu em primeira mão declaro que vou apoiar o Lula e o Geraldo Alckmin porque eu não apoio quem defende a morte, não apoio quem defende racismo, não apoio quem acha que a terra não é redonda, quem não defende a ciência. Eu defendo a ciência, defendo a democracia, não quero fechar o Supremo Tribunal Federal. Vou votar no Lula e entendo que vai ser o melhor para o Brasil. Lula e o Geraldo Alckmin”, afirmou o ex-governador num descontraído podcast onde bateu um longo bate papo com os apresentadores do canal Podre de Xique no You Tube.

Num determinado momento da conversa, Pedro Taques foi questionado se avalia a gestão de Jair Bolsonaro como uma decepção para quem votou nele esperando por mudanças.  E deixou claro que não esperava nada de bom por parte do atual presidente, pois já conhecia sua atuação parlamentar em Brasília. “Eu já conhecia o presidente Bolsonaro. Eu fui senador e ele foi deputado federal junto comigo. Eu dei aula para o filho dele, o Eduardo, um curso lá em São Paulo. Não sei se decepcionou, todo mundo já o conhecia, eu já o conhecia, já sabia, já era guerra avisada”, falou o ex-governador sem titubear.

Um dos apresentadores também perguntou Pedro Taques sua avaliação sobre as críticas que o atual presidente recebe, se concorda ou não. Mais uma vez, o ex-chefe do Palácio Paiaguás, que antes de entrar para a política tinha uma bem sucedida carreira no Ministério Público Federal (MPF), no cargo de procurador da República, e também ministrava aulas de Direito, não hesitou em expor sua análise sobre fatos registrados na atual gestão.

“A culpa do Governo Federal é por ter morrido 600 mil pessoas [vítimas da Covid-19], a culpa pelo aumento da gasolina é do Governo Federal porque usou a Petrobras num determinado momento, o preço do diesel como política econômica, a culpa disso é do Governo Federal que fez com que a inflação voltasse. Não é culpa do governador Mauro Mendes ou do prefeito Emanuel Pinheiro. É culpa do Governo Federal, na minha avaliação”, enfatizou.