Por duas vezes em menos de três meses o Palácio Paiaguás foi o ponto de encontro de governadores das regiões Norte e Centro-Oeste para tratar de estratégias que serão essenciais para contornar os problemas enfrentados por estes entes da federação e planejar o crescimento dos estados. O primeiro encontro ocorreu no fim de maio, quando governadores e vices de nove estados da Amazônia Legal estiveram em Cuiabá para discutir medidas para reduzir o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável. E nesta sexta-feira (07.08) outros cinco governadores, além de Pedro Taques, se encontraram para debater a criação de um bloco que tem semelhanças políticas e econômicas.
Os dois encontros com governadores realizados na capital mato-grossense tiveram temas distintos – meio ambiente e criação de um consórcio interestadual – mas em ambas ocasiões a iniciativa de promover o debate no Palácio Paiaguás destacou o protagonismo do Governo de Mato Grosso em fomentar a discussão em prol de soluções para os problemas enfrentados pelos estados.
No encontro da Amazônia Legal, estiveram em Cuiabá os governadores e vices do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins, Pará e o anfitrião Pedro Taques, de Mato Grosso. Desta vez, no encontro dos governadores do Brasil Central, além de Mato Grosso, estiveram presentes os chefes dos Poderes Executivos de Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Rondônia e Tocantins.
Os estados do Brasil Central querem discutir um novo modelo de desenvolvimento regional, que privilegia a racionalização de recursos públicos e fomenta alternativas inclusivas como a qualificação produtiva e a educação. Estes estados, que respondem por uma parcela importante do Produto Interno Bruto (PIB), agora trabalham por uma agenda comum para promover o fortalecimento da região.
Brasil Central
Na segunda reunião do Fórum de Governadores Brasil Central, em Cuiabá, foram definidos e acordados entre os cinco estados e Distrito Federal os eixos de promoção para a região. Pedro Taques reforçou a necessidade de colaboração interfederativa como forma dos estados serem ouvidos e mais prestigiados pelo Governo Federal. “Somente em uma ação conjunta, que seja favorável a todo o Brasil Central, teremos força para ampliar nossas potencialidades em comum e estabelecer estratégias que nos fortaleçam como entes federados”.
O momento econômico e político do país se mostra um terreno fértil para que o modelo de desenvolvimento regional planejado pelos integrantes do movimento Brasil Central ganhe impulso, proporcionando maior poder de argumentação e negociação. “Os integrantes do Brasil Central merecem uma nova visão porque são os principais responsáveis pelo superávit da balança comercial. Precisamos nos articular politicamente também”, reforçou o governador de Mato Grosso.
Depois de Cuiabá, Palmas, capital do Tocantins, recepcionará o próximo Fórum dos Governadores Brasil Central, a ser realizado no mês de setembro.
katia cristina de souza
Sábado, 08 de Agosto de 2015, 12h41Indeano
Sábado, 08 de Agosto de 2015, 11h59