Selma alega que delator trabalhou com deputado antes de assumir Seduc

 

Em uma transmissão ao vivo realizada no Facebook na noite desta segunda-feira, a candidata ao Senado, juíza Selma Arruda (PSL), acusou o deputado federal e candidato a senador Nilson Leitão (PSDB) possui ligações estreitas com o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto Filho, delator da “Operação Rêmora”. Segundo Selma, a proximidade dos membros da coligação “Segue em Frente Mato Grosso”, com esquemas de corrupção foram determinantes para que ela se declarasse “independente” nesta campanha eleitoral.

Selma apresentou documentos mostrando que no período de abril de 2013 a setembro de 2014, Leitao ocupou a Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados. Em boa parte deste período, Permínio foi assessor dele. “Isso pra mim é prova cabal, documental, da estreita ligação do deputado Nilson Leitão, com Perminio Pinto, que estava envolvido na Operação Rêmora, e que hoje delata o próprio deputado federal”, assinalou.

A juíza colocou que a ida de Permínio indicado para a Secretaria de Educação, em janeiro de 2015, foi articulação de Nilson Leitão, já com objetivo de desvio de recursos. “Permínio foi levado a Secretaria de Educação com a missão de colher para si e para seu chefe dinheiro de propina para pagar dívidas de campanha, até de caixa 2, do deputado Nilson Leitão”, afirmou.

Selma afirmou que as provas foram fundamentais para romper com a coligação. “Uma coisa era o que os réus diziam na minha frente, quando era a juíza que comandava as ações. Eles tem o direito constitucional de mentir. Outra, são essas provas que chegaram a mim na última semana”.

A juíza rebateu as declarações de que tenha rompido em função da disputa por tempo de televisão. “Saibam que eu saí porque existem provas sérias de que essas pessoas estão envolvidas em corrupção. Não sou política de profissão, não preciso da política para sobreviver. Sou uma juíza aposentada que quer limpar este tipo de falcatrua”, frisou.

A magistrada aposentada ainda destacou que irá levar estes documentos ao Ministério Público Federal. "Acredito que estejam na delação deles, mas farei a minha parte e vou denunciar ao Ministério Público Estadual", pontuou.

Ela ainda prometeu revelar novos fatos que podem comprometer os agora adversários políticos. “Tenho outros fatos de coisas que vivi nos últimos meses e que me deram nojo da forma como a política é feita no nosso Estado. Vou contar a medida que reunir as provas”.

OPERAÇÃO CATARATA

Na “live”, Selma Arruda também comentou sobre a Operação Catarata, deflagrada hoje pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). Para ela, as possíveis fraudes reforçam que ela fez a escolha certa em romper com o grupo que está no comando do Estado. “Por isso também a minha permanência nessa coligação não era mais admissível”.