Presente na convenção realizada pelo PSDB neste sábado (9), o governador Pedro Taques (PDT) afirmou que deve decidir neste mês se trocará de legenda. Em seu discurso, o ainda pedetista também deu sinais de estar mais propenso a uma filiação à legenda tucana, mas evitou uma resposta mais contundente sobre o assunto. “Estou decidindo o meu futuro político e isso não é segredo para ninguém. Recebi alguns convites e estou analisando, refletindo”, pontuou, ressaltando querer continuar caminhando junto com o PSDB.
Entre os partidos que apoiaram sua candidatura em 2014, PSDB e PSB fizeram convites a Taques para que se filie. Presidentes das duas legendas, respectivamente, os deputados federais Nilson Leitão e Fábio Garcia pontuam, no entanto, que, independente da decisão de Taques, as siglas devem continuar unidas.“O PSB tem seus argumentos para ter o governador em seu quadro, assim como o PSDB tem os deles. No final a decisão vai caber ao próprio Taques. Mas, seja ela qual for, estaremos entre aliados”, ponderou o socialista.
Para Leitão, o único impedimento para que o governador tome uma decisão, até agora, é a questão jurídica. Taques poderia ser enquadrado na lei da fidelidade partidária e perder o mandato. “Mas é lógico que, havendo uma brecha, queremos que ele venha para o PSDB”, disse.
A exemplo dos presidentes da siglas, o governador também pregou a união entre os partidos que o apoiaram na eleição de 2014 para evitar que o Estado “seja novamente entregue a quadrilheiros”. “Tem gente que administrou Mato Grosso e agora está preso e muitos ainda vão ser. Em 130 dias de governo, vi mais ilícitos do que nos meus 15 anos de procurador da República”, afirmou.
O discurso de Taques, no entanto, foi principalmente de agradecimento aos tucanos, sem quais não teria sido eleito, conforme suas próprias palavras.