“O Morango do Amor veio como uma resposta de oração”, diz a confeiteira Kelly Romera, diante do sucesso de uma nova e agradável surpresa para a confeitaria.
Uma onda doce e inesperada tem movimentado o mercado da confeitaria em todo o país, o doce feito de morango com uma cobertura de calda vermelha, inspirado em tendências das redes sociais, virou febre, conquistou o paladar de consumidores e agradou o bolso dos empreendedores, a ponto de muitos apontarem julho como o novo “mês da Páscoa” em termos de vendas.
Quem estava atento viu no doce uma oportunidade concreta de inovação e faturamento. É o que indica o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), que atribui o sucesso do ‘Morango do Amor’, como um exemplo direto da força das redes sociais, atuando como motor de transformação para pequenos negócios.
“Esse hype nas redes sociais, especialmente no TikTok, mostra como tudo pode viralizar em questão de horas. Quem acompanha essas movimentações consegue oferecer o que o público busca no exato momento em que a demanda acontece”, analisa Beatriz Jardim, analista técnica e gestora estadual de Alimentos e Bebidas do Sebrae/MT.
Ela destaca ainda a vantagem competitiva dos pequenos empreendedores frente às grandes empresas. “Diferente das corporações que lidam com processos mais lentos, os pequenos conseguem se adaptar quase que imediatamente, com baixo custo e alto impacto. As tendências digitais criam mini ciclos de consumo que, mesmo efêmeros, são altamente lucrativos”, completa.
Oportunidade estratégica
A confeiteira de Alta Floresta Kelly Romera, por exemplo, começou a produzir o ‘Morango do Amor’ em junho e já ultrapassou a marca de mil unidades vendidas. Para ela, que trabalha com doces por encomenda, o sucesso da novidade foi decisivo para manter a saúde financeira do negócio em um período normalmente marcado pela queda nas vendas. “Julho costuma ser um mês mais parado, em que a gente trabalha no limite. Mas o morango do amor deu um gás no caixa, gerando fluxo para investimento em datas futuras, como o Natal”, afirma.
Além do fôlego financeiro, o doce também abriu portas para novos públicos. “Vieram muitos clientes que nunca tinham comprado da gente. Foi uma explosão de visibilidade para a confeitaria”, relata Kelly.
A repercussão, segundo ela, se deve à força das redes sociais, “especialmente o TikTok, onde a trend começou a viralizar. Já o Instagram, aliado ao WhatsApp, cumpre o papel de vitrine e canal de vendas”.
Desafios e conquistas
A novidade, embora simples à primeira vista, exigiu adaptação dos empreendedores. O doce é de consumo imediato, a calda tem preparo delicado e não é fácil escalar a produção. Mesmo assim, muitos que enfrentavam dificuldades no setor viram na receita uma chance de recomeçar. “Conheço pessoas que estavam quase desistindo da confeitaria por causa do aumento dos insumos, especialmente o chocolate. O Morango do Amor veio como uma resposta de oração”, diz Kelly.
O Sebrae oferece consultorias, oficinas e cursos, muitos deles gratuitos voltados a empreendedores que desejam inovar com pouco investimento e captar oportunidades a partir de tendências do mercado. Para mais informações, acesse www.mt.sebrae.com.br ou procure a unidade mais próxima.
piada
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