Por falta de atendimento, duas mulheres depredaram uma das portas da ala de pediatria no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), em Brasília, nesta sexta-feira (23). Com pedaços de árvores, elas abriram buracos em uma das portas do local.
Nas imagens, é possível ver as duas mulheres com os pedaços de madeira nas mãos batendo na porta. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi chamada.
Em nota, a corporação disse que as responsáveis pelos danos ainda não foram identificadas. Segundo a PM, os militares foram chamados porque "três indivíduos estavam chutando portas, quebrando objetos e ameaçando vigilantes e servidores da unidade de saúde" (veja nota completa abaixo).
À TV Globo, uma das mães, que estava com a filha no hospital no momento da confusão, disse que o local estava com superlotação e falta de médicos para atendimento. Segundo a mulher, que não se envolveu na confusão, "só havia atendimento para pulseiras vermelhas e laranjas", ou seja, os casos mais graves.
"Tem várias crianças e adultos aqui. Inclusive, a minha filha precisa fazer uma drenagem de um cisto. Estamos aqui há horas e não tem previsão de atendimento", disse a mulher
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges) afirmou que, por causa da superlotação, o atendimento precisou ser restrito. Apenas pacientes com pulseiras laranja e vermelha estavam sendo atendidos. O Iges disse que, embora a equipe esteja completa, o serviço opera, neste momento, com lotação acima da capacidade (veja nota completa abaixo).
O que diz a PMDF
"No início da tarde desta sexta-feira (23), a PMDF foi acionada para verificar uma confusão nas dependências do Hospital de Santa Maria. Ao chegar ao local, a equipe orientou os presentes a se acalmarem e restabeleceu temporariamente a ordem.
No entanto, logo após a saída da guarnição, teve início um episódio de depredação no hospital. A PMDF foi novamente acionada, sendo informada de que três indivíduos estavam chutando portas, quebrando objetos e ameaçando vigilantes e servidores da unidade de saúde.
Equipes do 26º e 9º Batalhões de Polícia Militar foram rapidamente deslocadas ao local para resguardar o patrimônio público e garantir a segurança dos profissionais e pacientes. Com a presença policial, a situação foi controlada.
Até o momento, os responsáveis pelos danos não foram identificados. O atendimento no hospital foi normalizado, e a PM permanece no local para prevenir novas ocorrências."
O que diz o Iges-DF
"O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) informa que no início da tarde desta sexta-feira (23), em virtude da superlotação, no pronto-socorro infantil (PSI) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o atendimento precisou ser restrito. Os pacientes classificados com pulseiras laranja e vermelha estavam sendo atendidos. A decisão gerou insatisfação entre alguns acompanhantes. Duas mulheres invadiram a unidade portando galhos, depredaram parte da estrutura, deixando colaboradores e, principalmente, quem aguardava atendimento, apreensivos.
A Polícia Militar foi acionada e compareceu, auxiliando no controle da situação e no restabelecimento dos atendimentos.
Esclarecemos que, embora a equipe assistencial, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipe multiprofissional, esteja completa na unidade, o serviço opera, neste momento, com lotação acima da capacidade.
Destacamos que, mesmo diante da situação, os vigilantes atuaram de forma correta e responsável, priorizando a segurança de todos e evitando qualquer confronto que pudesse colocar em risco as crianças e os demais acompanhantes presentes, que aguardavam atendimento de forma pacífica.
Ressaltamos que o HRSM é a única unidade de referência em pediatria na região sul do Distrito Federal e tem garantido assistência contínua às crianças, mesmo neste período de alta demanda ocasionada pela sazonalidade das doenças respiratórias.
O IgesDF reforça que atitudes como essa não contribuem para a solução dos problemas, geram tumulto e aumentam a pressão sobre os profissionais de saúde. A gestão do hospital segue empenhada em discutir e implementar melhorias para reduzir o tempo de espera e otimizar o atendimento aos pacientes."
Eliane
Sábado, 24 de Maio de 2025, 10h13