O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso intensificou as buscas Pedro Souza Matos, de 35 anos, que está desaparecido há cinco dias na zona rural do município de Luciara (1.166 km de Cuiabá). Ele é irmão da advogada Raizza Sousa Matos, que chegou a usar as redes sociais para divulgar um cartaz informando sobre uma recompensa de R$ 1 milhão para quem repassar informações que ajudem a encontrar Pedro, com vida. No entanto, ela agora negou a possiblidade de qualquer recomensa e alega ter sido "hackeada"
Vale ressaltar que a Polícia Civil investiga o caso e não descarta a hipótese de que ele tenha sido assassinado. O indígena Manoel Iny Karajá, de 26 anos, que estava com Pedro quando ele desapareceu, foi preso de forma preventiva no decorrer das investigões, por ordem da Justiça, a pedido da Polícia Civil.
A equipe do 2º Núcleo Bombeiro Militar (2º NBM) foi acionada na segunda-feira (19) e se deslocou imediatamente para Luciara, na área conhecida como Jiboia, às margens do Rio Araguaia, em uma região de vegetação do tipo varjão, onde a vítima foi vista pela última vez. Não há informações sob as circunstâncias do desaparecimento.
Para a operação de busca, estão sendo empregados militares especialistas em buscas terrestres, mergulhadores e um binômio (militar com cão de busca e salvamento). As equipes contam com o uso de viaturas, embarcações, drones e aplicativos de georreferenciamento na tentativa de localizar a vítima por terra e água.
As ações de busca ocorrem simultaneamente por via terrestre e aquática, com foco na varredura visual da superfície e no mapeamento de áreas de difícil acesso. Toda essa operação conta com o apoio de familiares, da Polícia Militar e da Polícia Civil.
O CASO
A mãe de Pedro relatou que ele saiu com o indígena por volta das 7 horas no último domingo (18), mas desde então não voltou para casa e nem falou com ninguém. Segundo o site GN Comunicação e Notícias, o delegado responsável pelo caso, Ivan Albuquerque, explicou que Manoel deu versões diferentes sobre o que aconteceu. Primeiro, alegou que o pneu da moto furou, que ele deixou Pedro na moto e seguiu a pé. Depois, afirmou que chegaram juntos na Fazenda Capitão João e que ele teria deixado Pedro no local e seguido sozinho para Lago dos Patos.
A polícia também desconfiou porque Manoel afirmou que não fala bem português, mas vídeos e áudios obtidos mostram que ele fala bem o idioma, gerando dúvidas sobre o que ele disse. Dessa forma, o delegado pediu a prisão preventiva do indígena Manoel, enquanto investiga o sumiço de Pedro. A Justiça acolheu o pedido e decretou a prisão dele. Com isso, uma equipe da delegacia de São Félix do Araguaia, prendeu o indígena nesta quarta-feira (21).
Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, a mãe de Pedro informou que entrou em contato com Manoel via aplicativo WhatsApp para questionar sobre o paradeiro de Pedro e o indígena apresentou as duas versões distintas. A mulher destaca que já se passaram mais de 33 horas desde o desaparecimento de seu filho e que a região onde ele estaria é de difícil acesso, isolada e considerada perigosa.
RECOMPENSA MILIONÁRIA
Enquanto isso, passou a viralizar em grupos de WhatsApp uma publicação com a foto do homem desaparecido e a informação de uma recompensa para quem repassar informações que ajudem a localizá-lo, vivo. O texto nas imagens informa que recompensa será de R$ 1 milhão e divulga um telefone celular com o prefixo 66. Inicialmente, a recompensa oferecida era no valor de R$ 100 mil, mas depois foi elevada para a cifra milionária.
A postagem estava disponível nos perfis da advogada Raizza Sousa Matos, que é irmã do homem desaparecido e o post viralizando em grupos de WhatsApp. No Instagram, a advogada também publicou uma nota de solidariedade divulgada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) prestando apoio à família por causa do sumiço de Pedro. No entanto, ela excluiu as publicações e gravou um vídeo nesta sexta-feira (23) alegando ter sido vítima de "hacker" que estaria tentando aplicar golpes e divulgando uma suposta recompensa que não existe