PC afasta investigador por matar idoso no Contorno Leste em Cuiabá

 

O investigador da Polícia Civil Jeovânio Vidal Griebel, investigado por envolvimento na morte do pecuarista João Antônio Pinto, de 86 anos, durante o atendimento a uma suposta ocorrência envolvendo o idoso, foi afastado preventivamente do cargo até dezembro. A informação consta em portaria publicada no Diário Oficial do Estado, que circulou nesta quarta-feira (17).

No final de junho, Jeovânio chegou a tirar licença para tratamento de saúde. O benefício foi concedido em 12 de junho e seguiu até o  dia 11 de julho deste ano.

Após a polêmica, Jeovânio foi realocado para atuar na área administrativa da 1ª Delegacia de Polícia de Cuiabá, conforme informou a Polícia Civil. Agora, ele está afastado do cargo por determinação da delega-geral da PC, Daniela Silveira Maidel. 

O idoso foi morto na manhã do dia 23 de fevereiro deste ano dentro de sua propriedade localizada no Contorno Leste, na Capital. Segundo apurado, Jeovânio é cunhado de Elmar Soares Inácio, homem apontado como um grileiro que teria invadido e tido discussões com o pecuarista devido a uma cerca erguida na propriedade de João Pinto.

Durante as investigações, constatou-se que Jeovânio, valendo-se do cargo, omitiu fatos relevantes no dia da morte do idoso, como os dados de Elmar, suposto denunciante da ameaça. Um inquérito policial apurou as circunstâncias da morte, revelando que Jeovânio e outros dois policiais foram à propriedade de João Pinto sem uniforme, se identificando como policiais, apesar de estarem em viaturas descaracterizadas, incluindo o veículo Fiat Argo utilizado por Jeovânio.

Além disso, informações indicam que Jeovânio tinha conhecimento do conflito agrário na área, classificada como de alto risco, fatos omitidos no boletim de ocorrência feito por ele no dia da morte de João. Diante disso, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o investigador, imputando-lhe as supostas práticas de homicídio, falsidade ideológica, improbidade administrativa e diversas infrações administrativas.

Um laudo da Politec indicou que o autor do crime estava a 12 metros de distância da vítima, João Antônio Pinto, quando o disparo foi efetuado. A vítima foi encontrada fora do hangar, e o disparo atingiu seu ombro direito, saindo na região escapular esquerda.