A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM) concluiu o inquérito que investiga o ex-deputado federal Neri Geller (PP), suspeito de ter ‘forçado’ o aborto de sua ex-namorada, a engenheira ambiental N.R.P. A investigação foi finalizada no dia 22 de dezembro de 2022 e a condenação para este tipo de crime, segundo o Código Penal, é de três a seis anos de reclusão.
O inquérito foi assinado pelo delegado Cley Celestino Batista, da Polícia Judiciária Civil (PJC). Conforme o documento, Neri, que não se elegeu ao Senado no ano passado, não atendeu aos chamados para ser interrogado e acabou sendo indiciado através da chamada qualificação indireta.
O ex-parlamentar chegou a pedir para ser ouvido por email, mas teve o requerimento negado pelos investigadores. O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) pediu para ouvir N.R.P e que ela informe os laboratórios ou clínicas onde ela comprovou a gravidez, com data e localização das mesmas.
Após ouvir a vítima, o órgão ministerial irá decidir se denuncia ou não o ex-deputado por “Provocar Aborto sem Consentimento”, crime previsto no artigo 124 do Código Penal. O relacionamento entre Neri Geller e N.R.P veio a tona em 2021, quando o ex-deputado, que na época ocupava o cargo, registrou um boletim de ocorrência contra a engenheira ambiental acusando-a de “chantagem”.
O ex-parlamentar conta que a conheceu em março de 2020 e que passaram a trocar mensagens pelo Whatsapp. Ambos teriam tido um encontro amoroso, em Cuiabá – onde ele sustenta ter sido o único entre o casal.
CHANTAGEM
Posteriormente ao “encontro”, Neri Geller conta que foi informado pela própria N.R.P de que ela estaria grávida. No boletim de ocorrência, o deputado federal garantiu que iria assumir a paternidade da criança, se realmente fosse seu filho, uma vez que no momento estava “livre e divorciado”.
Em seguida, porém, a mulher teria entrado em contato novamente com o parlamentar, dizendo que sofreu um “aborto”, e que Geller foi o responsável pela perda do bebê. Desde então, segundo o deputado federal, seu “affair”, juntamente com o ex-marido de sua atual esposa, Marcio Hister, passaram a realizar supostas “ameaças, extorsões, coações, chantagens e demais crimes”.
N.R.P, no entanto, alega que namorou Neri Geller e que o deputado chegou a tentar um acordo com ela, para que o inquérito fosse encerrado. A engenheira ambiental teria recusado a proposta e manteve o caso.
Cuiabana
Terça-Feira, 25 de Abril de 2023, 16h18Diego
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